Baixo Jacundá e um retiro pessoal
com o frei Raniero Cantalamessa.
"Como bons dispenseiros das graças de Deus, cada um de vós ponha à disposição dos outros o dom que recebeu." (1Pd4,10)
Visitar
as comunidades ribeirinhas da paróquia é parte importante de nossa
missão. Conhecer sua realidade, saber quais são anseios e
realizações, suas angustias e dificuldades. Conhecer a realidade de
seu povo, como vivem, planejam suas ações, como as põem em
prática, avaliam e celebram.
Saímos
da sede paroquial de Santa Maria de Bagre na quinta-feira, dia 7 de
junho de 2018, rumo ao distrito do Baixo Jacundá. Apenas 6
comunidades católicas distribuídas em uma enorme extensão
territorial.
O
barco, São João Paulo II, pertencente a paróquia de Santa Maria,
tem pouco mais de 18 metros de comprimento por 4 de largura em sua
parte central. Um grande porão, uma cabine de comando, dois pequenos
camarotes onde guardamos nossos objetos pessoais, cozinha, banheiro,
uma área reservada que serve de dispensa e outras utilidades, com um
freezer grande para ajudar na preservação de alimentos. Já eram
quase 13 horas quando partimos do trapiche municipal, Eu, junto com
padre Casimiro, o pároco e Zequinha, o coordenador do distrito
Parnaúba que já participou conosco da Escola de Formação de
missionários do Marajó, que assumiu o comando do barco em função
do falecimento recente do antigo piloto, Chico Tempero.
Nessa
viagem, resolvi levar comigo o livro, “Maria, Um espelho para a
Igreja”, do frei Raniero Cantalamessa, para mim um autor de
leitura obrigatória, seus textos e reflexões sempre são como um
retiro espiritual. Reler esse livro, em paralelo a viagem, foi
inspirador ao comparar os ensinamentos sobre Maria Santíssima e a
vida das pequenas comunidades.
Deixamos
a sede do município e tomamos o rio Jacundá, poucas horas depois
entramos em um rio menor até chegar ao nosso destino, comunidade
Nossa Senhora de Nazaré, no rio Jaguarajó. Fomos recebidos pelo
antigo coordenador da comunidade, Manoel, que também foi membro de
nossa escola missionária, e por Miguel, atual coordenador da
comunidade e também aluno de nossa escola.
Pelas
19 horas foi servido o jantar e logo após, realizou-se a reunião
com os comunitários. Depois da apresentação, o pároco fez um
momento de oração e uma pequena reflexão sobre o evangelho do dia.
Em seguida, apresentou-nos, falou sobre a perda do antigo piloto do
barco, que morreu em missão no interior de Breves, a serviço da
paróquia de São José e Santa Teresinha do Menino Jesus. Miguel
apresentou um pequeno relatório sobre as realizações da comunidade
e suas perspectivas, também uma prestação de contas da comunidade.
Por fim, me foi pedido para apresentar a missão Anuncia-me, que
realizaremos nos distritos a partir de fevereiro de 2019.
Encerramos
a noite com uma rifa de 10 prêmios, onde o padre ficou com três
deles. Marcadas as atividades para o próximo dia, fomos nos recolher
em nosso barco.
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